domingo, 12 de setembro de 2010



J’ai changé ou je n'ai jamais été ce qui je pensais qui j’étais?


La doute éclate dans ma Tête.


La doute d'être.

domingo, 4 de abril de 2010

Janelas da Alma


Dizem que os olhos são janelas da alma.


Talvez essa afirmação tenha algum sentido se considerarmos que é através dos olhos que enxergamos o mundo ao nosso redor, que conhecemos as coisa, que percebemos as formas e cores.


Os nossos olhos nos permitem uma leitura muito clara dos variados textos que nos circundam.


A nossa alma se comunica com esse mundo exterior através dessa relação de percepção e análise.


Um movimento recíproco, pois o que chega até nós através da visão também pode ser modificado por ela.
O que me імргσdυz

é tentar escrever coisas que sejam agradáveis.

Pelo menos suportaveis.

Mas, acho que isso não tem nada a ver comigo.

Talvez eu deva escrever como falo, o que penso, o que sinto.


Então me tornar meu primerio leitor.

Talvez único."

sábado, 3 de abril de 2010

PreZenza


O Lapa não demorou muito a chegar. Na verdade, o tempo corria à galopes.

A tarde tava tão quente. Eu tava tão suado. O bar tava vazio.

Sentado no meu lugar de sempre, deixei que o vento secasse minha rosa encharcada. Acho que pela primeira vez, vi um ônibus como meio de transporte, simplismente. O que me ocupava era quanto tempo levaria para chegar. Eu não sabia.

Não sabia do engarrafamento que me esperava na Bonocô.

"Engarrafamento é apelido."

Duas horas esperando por uma greve não anunciada. Vendo carros atropelando canteiros, carteiros.

A impaciência fazia o calor aumentar e as coisas derreterem mais apressadamente. Hora inoportuna pra tais sensações. Inspirei.

De olhos fechados era melhor. Me lembrava das trevas flutuantes e voltava a me ouvir. Só que o rosto que eu agora via era o de uma senhora, doente, rindo. O frio de dentro se fez mais forte que o calor insuportáveL e, por um momento, viajei.

Não estava mais ali e nem queria. Já estava longe.

Estava mesmo. O ônibus andara e eu nem percebi. Desci. Andei. Andei.


O

ıяяеαІ

me atrai."

sábado, 27 de março de 2010

Espelhos


Espelhos
Espelhos não servem.
O que fazem?_______ Apenas refletem!
O que refletem?_______Apenas o que estamos.
Como "o que estamos"?_______Apenas o que estamos, mas não somos.
Por isso são inùteis, mentiros, perniciosos.Torcem a realidade como se pudessem traduzi-la. Mas basta um movimento. Tudo muda.
O que muda?_______Na verdade, o que està.
O que està?_______Sinceramente, nada lá.
Como "nada"?_______Falsamente eu...
Falsamente, sim. Pois me vejo como quero, não o faço como sou, insidemente. Meu Deus!
Como poderia eu supor que nesta superficie suja de mimesis e poeira algo de profundo pudesse brotar?!
Mas, o que brota?_______Não brota nada.
Como nada?_______Nada, nada.
O que é "nada"?
O nada eu.

PreZenza



"Hoje não!"


Disse-lhe. Eu sabia que nao podia, nao naquele dia, curtir meu universo de azulejos negros, onde eu costumo viajar por mundos distantes, galaxias inexistentes. Era necessario que eu corresse. Começa o ritual. Pia, trono, box, o qual eu quebrei alguns dias atras por razoes ora irrelevantes.Fechei. Estava tudo là: shampoo, condicionador, oleo, lixa,presto, chave-de-fendas, eu. Ao abrir a torneira, mergulhei. Vi peixinhos, algas, corais, polvos, zenzas... Um oceano de cores e espumas, cheiros e laminas, toques e ...Ops. Meu morfema flexional de gênero resolveu derivar-se em grau. Mas ainda nao era hora para comutações. Fechei, sequei, abri, sai.


A roupa estava sobre a cama. Jà estava passada, pronta para ser vestida. Eu ja tinha preparado tudo na noite anterior. Depois de muitos trocas e retrocas, combinações interminaveis, resolvi vestir a blusa rosa. Ela me trazia boas recordações, fazia-me bem. Dei uma ultima olhada. "Serà que o meu presente vai gostar?". MEU PRESENTE. Foi assim que voce se denominou no dia do meu niver. Um presente atrasado. Mas, so um dia. Para mim, uma eternidade.


Arrumado e perfumado eu ja estava. Carteira no bolso, chave na mao, balas de menta...Nao era pra esquecer... So faltava o caderno e um livro qualquer para que dona Azù nao desconfiasse de nada. "Beijo mae". Desci as escadas com um sorriso fresco no rosto. O tempo parecia se arrastar. Eu sabia. Dali uma hora, eu me tornaria o cara mais feliz do mundo.
Comecei a ir.

Plakafor


Nos dois juntos,

nossos corpos tornando-se um numa noite de chuva

em plena praia.

Desvaneço enquanto me beijas eternamente

Morrendo de amor em teus braços

Machuco-te com ternura

Sufoco-te com meus beijos

Amo-te ferozmente

A chuva esconde nossa transpiraçao e o barulho das ondas oculta nossa respiraçao

Mas nem a mais densa escuridão pode esconder o brilho do nosso incêndio voluptuso.

Uma chama ardente e letal queimando sob a chuva.

Saindo de nos

Envolta de nos

A areia funde-de ao nosso corpo uno

A chuva passa

As ondas cessam

Ja não existimos mais.

E tudo começa outra vez.

terça-feira, 16 de março de 2010

PreZenza


Acordei.





Foi a primeira vez que acordei sorrindo em toda minha vida. O brilho dos meus olhos iluminou meu quarto escuro, sem janelas, que mais parece uma tumba fria, ecura, silenciosa. Eu adoro ali ficar pra pensar, chorar, gritar...em fim. Eu pudi ouvir as batidas do meu coração naquele momento e, de repente, vi o teu rosto flutuando nas trevas do teto. Respirei fundo, fechei os olhos, expirei.




Eu nao podia perder nem mais um segundo daquela manha. A tarde me esperava e o tempo corria no meu pulso. Jà era nove horas e havia muito a ser feito. Levantei-me, vesti-me, calcei-me, sai-me. Ao abrir a porta da minha câmara secreta dei de cara com minha mae. O café ja estava pronto. Eu tinha dito-lhe que eu teria uma aula importantissima à qual eu nao poderia chegar atrasado. Ao olhar em seus olhos e pedir sua bencao senti um enorme peso na consciencia. Durou quase um segundo. Eu precisava me apressar.




Entre vitaminas, paes, biscoitos, tvs globinhos estava eu. Na verdade, nem senti os gostos q se multiplicavam na minha cavidade oral, muito menos me recordo do que meus olhos se ocupavam. Eu nao estava la. Ja estava muito longe. Voltei. Meu significante precisava ir tambem. Levantei do sofa, despejei a louça na pia, peguei a toalha de tras da geladeira, tres passos. Entrei no banheiro. Nove e meia.


...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Palavras















Pra descrever





Pra explicar.





Pra conhecer.





Pra conquistar





Pra revelar.





Pra reclamar.





Pra aceitar.





Pra recusar.





Pra confessar.





Pra esconder.





Pra celebrar.





Pra lamentar.





Pra prozear.





Pra ofender.





Pra animar.





Pra acanhar





Pra iludir.





Pra desdizer.





Pra traduzir.





Pra resumir.





Pra convencer.





Que quero ser

Compreendido por alguém.